quinta-feira, 30 de junho de 2011

Autógrafos, filosofia e rock


A filósofa Marcia Tiburi não para de participar de eventos. No próximo sábado, dia 2 de julho, ela autografa o livro "Olho de vidro", às 11 horas, no Espaço Cultural Eletrobrás-Furnas (R. Real Grandeza, 219) no Rio de Janeiro. Já na próxima terça, dia 5, ela faz o mesmo no Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo. Lá, Marcia Tiburi tem participado dos encontros Filosofia do Rock (http://afilosofiadorock.blogspot.com/), onde ela recebe um convidado diferente a cada vez para discutir a relação entre a filosofia e o rock. Zélia Duncan e Kid Vinil estão entre os participantes desses debates.
No dia 23 de agosto, ela participa do debate Literatura na era dos bits, durante a 14ª Jornada Nacional de Literatura.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Um mundo de mídias, um mundo de potencialidades

Quando se fala em convergência de mídias e em novas possibilidades na construção de narrativas, Henry Jenkins é um nome-chave: autor do livro “Cultura da Convergência”, ele é professor de comunicação, jornalismo e artes cinematográficas na Universidade do Sul da Califórnia e foi pioneiro no estudo do fenômeno do transmídia – a possibilidade de usar de diferentes meios de comunicação e tecnologias com um propósito comunicativo comum.

No próximo sábado, dia 2, o estudioso será um dos destaques da sétima edição do projeto carioca Descolagem. O evento acontece no Núcleo Avançado de Educação (NAVE) e discute a influência das tecnologias na produção e no compartilhamento de conhecimento e informação.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Jenkins menciona, entre outras coisas, o grande potencial de exploração multimídia do conteúdo do universo de Harry Potter na criação do projeto Pottermore, da escritora britânica J. K. Rowling. Um dos pontos principais de sua fala é uma espécie de “democratização criativa” possibilitada pelo transmídia: a construção de outras narrativas por fãs baseadas nas originais de um autor. Assim, aponta para a necessidade de uma revisão generalizada na política de direitos autorais no contexto atual de economia de rede. Esta mudança estaria ligada à organização também em rede da sociedade. 

Além disso, ele vê um potencial comunicativo revolucionário na fusão brasileira de tradição arraigada e digitalização. De acordo com ele, o Brasil poderia se consolidar como uma “superpotência da mídia e da cultura pop”.

Mais um prêmio para Gonçalo Tavares

O escritor português Gonçalo M. Tavares, convidado da 14ª Jornada Nacional de Literatura, acaba de conquistar um novo prêmio para a sua respeitável coleção de distinções. Seu livro "Uma viagem à Índia" (LeYa, no Brasil, e Caminho, em Portugal) ganhou o Grande Prêmio de Romance e Novela, da Associação Portuguesa de Escritores (APE) e do Ministério da Cultura de Portugal. O título concorreu com outros 98 inscritos e o autor foi premiado com 15 mil euros. Entre uma série de outros prêmios, Gonçalo M. Tavares já foi vencedor do Portugal Telecom e Prêmio Saramago.

E fato digno de nota: recebeu um elogio do próprio José Saramago, que brincou em um discurso na atribuição de um prêmio ao livro "Jerusalém", de Gonçalo: "Jerusalém" pertence à grande literatura ocidental. Gonçalo M. Tavares não tem o direito de escrever tão bem apenas aos 35 anos: dá vontade de lhe bater!". O grande talento da literatura portuguesa participará do debate "Identidade, literatura e cultura na globalização", no dia 24 de agosto, às 14 horas, no Palco de Debates.  

terça-feira, 28 de junho de 2011

Palavra falada

Neste ano, o escritor Paulo Scott completa uma década de leituras “spoken word” – uma forma artística de falar poemas ou letras de música, geralmente com fundo musical. O gaúcho radicado no Rio de Janeiro lançou neste ano o livro “O Monstro e o Minotauro” (Ed. Dulcineia Catadora), em parceria com o quadrinista Laerte. Ele também é autor do livro de contos “Ainda orangotangos”, que foi adaptado para o cinema em 2007. Tem publicados ainda o elogiado romance de ritmo rápido “Voláteis” (Objetiva), três livros de poesia e o texto dramático “Crucial Dois Um”, que recebeu o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, em 2006.

Dentro do campo literário, cada gênero tem seu alcance e sua forma de expressar o conteúdo pretendido. Dentro dessa profusão de possibilidades estão leituras, spoken word, saraus e performances, que são expressões orais de literatura. Sobre a experiência própria nas leituras em público, Scott comenta que “escritores sempre leram seus textos em público, às vezes é possível combinar música ou vídeo, mas a palavra e a qualidade da palavra têm de prevalecer”.

O autor considera que o impacto da palavra articulada em voz alta tende a ser maior que o da escrita. Porém, ressalva: “há situações em que o texto se revela quando falado; é uma questão de sonoridade, de saber explorá-la”. Na Jornada de Literatura de Passo Fundo, discussões sobre as modalidades da literatura falada têm espaço, entre outros lugares, na mesa de debates “Literatura ao vivo – leituras, saraus, performances, encontros”. Acontecerá no dia 24 de agosto, às 8h30, e Paulo Scott participará dela, em sua primeira passagem pela Jornada. “É um dos eventos literários mais importantes do Brasil, é uma sorte poder participar deste belíssimo projeto”, declara. Agora, na contagem regressiva, falta poucos menos de dois meses para conferir.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Aprofunde-se com a Pré-Jornada

Uma das características mais marcantes da Jornada Nacional de Literatura é a chamada Pré-Jornada. Nela, formam-se grupos de dez pessoas em escolas, universidades e de outros setores, com o objetivo de ler e estudar as obras dos autores que participarão dos debates durante o encontro em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. No site da Jornada, estão disponíveis a ata e um formulário com perguntas sobre as obras escolhidas. A sugestão é que depois de respondidas essas perguntas, os grupos compartilhem as suas vivências e comentários sobre os livros nas redes sociais da 14ª Jornada: Facebook, Twitter e blog. Em grande medida, é essa leitura das obras que imprime profundidade e alto nível às discussões da Jornada.

Mergulhe nas obras também e participe da Pré-Jornada. Confira as instruções no site, assim como as obras escolhidas para serem selecionadas. Aqui no blog, também indicaremos alguns dos livros sugeridos.



Entre eles, estão dois volumes da chamada trilogia íntima da filósofa e escritora Marcia Tiburi, “Magnólia – Romance em 100 Fatos e um Voo de Inseto” e “A Mulher de Costas”, ambos da editora Bertrand Brasil. Os dois exploram o território íntimo das mulheres, em tramas que giram em torno de reflexões internas, ao invés de ações mirabolantes no cenário externo. Em “Magnólia”, de 2005, o encontro da personagem consigo mesma se dá quando ela vasculha gavetas, relê cartas e procura sinais diante da ausência de outra mulher. Já em “A Mulher de Costas”, de 2006, essa busca acontece em meio à travessia de um deserto a outro. De quebra, a autora resgata a lenda da salamanca do Jarau, ou de uma princesa moura encantada, que faz parte da mitologia gaúcha. Leia e discuta.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Literatura interativa

O americano Nick Montfort reúne as qualidades de artista irrequieto e acadêmico prestigiado. Poeta, cientista da computação, professor associado do Massachusetts Institutde of Technology (o famoso MIT), ele criou uma série de obras de ficção interativas em novos formatos para a internet e mídias digitais. A sua participação é mais do que oportuna na 14ª Jornada, cujo tema perpassa as questões das novas mídias e redes. Ele faz a conferência "Literatura e imaginário no século 21", na programação do 10º Seminário Internacional de Pesquisa em Leitura e Patrimônio Cultural, com o tema "Culturas, Leituras e Interações: das comunidades orais às redes sociais", no dia 24 de agosto, das 8h30 às 9h30, no auditório do Iceg (prédio B5), Campus I.

Em 2002, por exemplo, ele escreveu com William Gillespie "A Palindrome Story" – uma história usando os palíndromos (palavras que podem ser lidas em qualquer direção), com direito a uma versão online com um kit de palíndromos. Já em "Implementation" ele propôs uma novela impressa em folhas de adesivo, que eram distribuídas a pessoas instruídas a colarem-na em locais visíveis ao público. Neste caso, o componente online era a publicação de fotografias dos adesivos sendo instalados pelos participantes em seus novos contextos. A história foi escrita em conjunto com Scott Rettberg.

Atuante, Nick Montfort é exemplo de pesquisador que experimenta novos formatos interativos, levando a literatura a outros suportes e modalidades.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Encontro que influencia toda a cidade



Durante o lançamento do Circuito Nacional de Feiras de Livros, a presidente presidente do SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), Sônia Jardim, elogiou a Jornada Nacional de Literatura: “É preciso multiplicar no Brasil a experiência da Jornada Nacional de Literatura. É uma pena que ela só exista em Passo Fundo. Porque a cidade inteira vive esse encontro, que promove ações contínuas. É um exemplo que deveria ser copiado.”

Na foto, Sônia posa entre a coordenadora da Jornada, Tania Rösing, e o reitor da Universidade de Passo Fundo, José Carlos Carles de Souza. Na ponta esquerda aparece o escritor Ignácio de Loyola Brandão.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Quando literatura e jornalismo se encontram

Sobram exemplos de escritores que também atuavam como jornalistas: Graciliano Ramos e Ernest Hemingway são apenas dois exemplos. Edney Silvestre engrossa esse time e reforça que não consegue ver fronteiras entre jornalismo e literatura. “Eu escrevo. Ponto. Escrever é meu prazer e meu caminho. Os meios é que são diversos.” Ele participa do debate “Diálogos, mídias e convergências”, que vai discutir exatamente a relação entre as mídias e a literatura, no dia 25 de agosto, às 14 horas, durante a 14ª Jornada Nacional de Literatura. É a sua primeira vez na Jornada. “Estou interessadíssimo”, fala, entusiasmado.

Jornalista, escritor, roteirista, produtor e apresentador de televisão, Edney arrebatou público e crítica com a sua estreia no formato romance literário. “Se eu fechar os olhos agora” ganhou o Prêmio Jabuti de Melhor Romance de 2010 e o Prêmio São Paulo de Literatura Categoria Estreante. Repleto de referências ao cenário político e cultural, o livro transita por diferentes gêneros como o policial e o histórico. Tudo começa quando dois garotos encontram o corpo de uma mulher morta. A partir daí, eles decidem investigar por conta própria – e têm suas vidas transformadas para sempre.

No jornalismo, a carreira de Edney não é menos bombástica: foi correspondente da TV Globo por mais de dez anos em Nova York. Lá, entre as inúmeras matérias, foi o primeiro jornalista brasileiro a chegar no World Trade Center no 11 de setembro de 2001. Mas foi a leitura que o comoveu desde a infância. Ele passava o tempo todo lendo, devorando o que havia na biblioteca da cidade de Valença, no Rio de Janeiro, onde nasceu em 1950. Bons autores, por sinal, como Jack London, Machado de Assis e Thomas Mann. Aos 14 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro.

Aprendeu inglês sozinho e passou a traduzir livros. “Aos dezoito anos, me sustentava traduzindo desde histórias de caubóis, para a editora Ebal, até 'Fundamentos de Filosofia', de Fiodor Afanasiev”, conta. Depois disso, trabalhou como jornalista em revistas como a Manchete, Cruzeiro e O Globo. Depois, se transferiu para a TV Globo. Mais recentemente, ele apresentava o programa Milênio, da Globo News, com entrevistas em profundidade, e hoje comanda o programa sobre literatura, “Espaço Aberto”, na mesma emissora. No meio tempo, publicou uma série de livros jornalísticos como “Contestadores” (entrevistas, 2003, Editora Francis); “Outros tempos” (com crônicas e memórias, 2002, Record); “Dias de cachorro louco” (crônicas, 1995, Record); “Grandes entrevistas do Milênio” (Ed. Globo – 2009). E não há mesmo diferença entre o jornalismo e a literatura? “Eu sempre escrevi, desde seis anos de idade. Por que eu escrevo e escrevi, tornei-me jornalista. Eu nunca nunca vi, nem conseguirei ver, essa separação entre escritas.”

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Presidente do Banrisul é convidado a participar da 14ª Jornada



O presidente do Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul), Túlio Zamin, foi convidado a participar da 14ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo. A idealizadora e coordenadora da Jornada, Tania Rösing, e o reitor da Universidade de Passo Fundo (UPF), José Carlos Carles de Souza, estiveram reunidos com Zamin e com a supervisora executiva do banco, Marinês Bilhar, em Porto Alegre, na última quinta-feira.

Além de convidarem o presidente para a sessão solene de abertura da Jornada, que acontece em 22 de agosto, o grupo da UPF também reforçou o pedido de apoio financeiro para a viabilização da Jornada, pois o Banrisul é um antigo parceiro na realização do evento. Zamin destacou a importância da parceria mantida com as Jornadas Literárias. Afinal, o objetivo maior do encontro que acontece no final de agosto é justamente a formação de leitores.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ação durante o ano todo



Fabiano dos Santos Piúba, diretor do Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, considera que a Jornada de Passo Fundo é uma referência e um dos eventos mais estruturados na promoção do livro e da leitura: “As Jornadas Literárias têm uma programação de qualidade, mas o melhor é que geram ação contínua o ano todo. Por isso, o Ministério da Cultura apoia as Jornadas, elas representam um efetivo trabalho em parceria com a Biblioteca Nacional. Realizar as Jornadas há 30 anos é um grande exemplo de formulação de política pública voltada para a cultura, que deveria ser seguido por outras cidades."

Na foto, ele aparece sorrindo entre o escritor Ignácio de Loyola Brandão e o reitor da Universidade de Passo Fundo, José Carlos Carles de Souza. No canto esquerdo está a professora Tania Rösing, idealizadora e coordenadora da Jornada Nacional de Literatura.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Exemplo para o País



Galeno Amorim, presidente da Fundação Biblioteca Nacional, elogiou a Jornada Nacional de Literatura durante o lançamento do Circuito Nacional de Feiras de Livros, que aconteceu ontem em São Paulo: “A Jornada Nacional de Literatura é seguramente uma das ações mais importantes do País. Não apenas regionalmente, mas por ter consolidado o papel dos encontros literários que conseguem gerar atividades permanentes. A Jornada mostrou a todo o País que isso é possível.”

Na foto, ele aparece sorrindo entre a coordenadora das Jornadas, Tania Rösing, e o escritor Ignácio de Loyola Brandão. Na ponta esquerda está o reitor da Universidade de Passo Fundo, José Carlos Carles de Souza.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O encontro com a Ministra da Cultura



Com o seu entusiasmo e humor característicos, a idealizadora e coordenadora da Jornada Nacional de Literatura, a professora Tania Rösing, aproveitou o evento de lançamento do Circuito Nacional de Feiras de Livros, na Cinemateca de São Paulo, para convidar a Ministra da Cultura, Ana de Hollanda, a visitar a 14ª Jornada Nacional de Literatura. Da comissão da Jornada, estavam presentes também o reitor da Universidade de Passo Fundo, José Carlos Carles de Souza, e o escritor Ignácio de Loyola Brandão.

Tania presenteou a Ministra Ana com uma das canecas especiais criadas pelo cartunista Paulo Caruso para a Jornada. “Trouxe esta do ano em que o Chico Buarque ganhou o prêmio Zaffari Bourbon”, disse a professora. “E o Paulo me contou que desenhou o Chico feio na caneca como forma de se vingar por ele sempre ficar com as mulheres mais bonitas”, brincou.

Ouvindo os comentários do escritor Ignácio de Loyola Brandão sobre a Jornada, que disse ser “lindo ver seis mil pessoas no público para ouvirem um escritor, e as pequenas lonas para crianças”, a Ministra comentou que é “importante e fundamental o estímulo à leitura”. A professora Tania então reforçou o convite, dizendo que “são 30 anos de luta da Jornada”, e que a presença da ministra seria muito importante.

No evento de presenças ilustres da área de literatura, a Jornada foi citada pelos presentes como um exemplo a ser seguido pelo País. O evento lançou o Circuito Nacional de Feiras de Livros – uma iniciativa da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e da Fundação Biblioteca Nacional (Ministério da Cultura) – que visa beneficiar as feiras de livros que já existem e incentivar a criação de novos eventos através de renúncia fiscal de 100% para patrocinadores, pela Lei Rouanet; o incentivo da Caravana dos Escritores, levando autores conhecidos e novatos a várias cidades; seminários de formação de mediadores como bibliotecários e professores e apoio às bibliotecas, entre outras medidas.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Boa notícia para as feiras de livros

A Fundação Biblioteca Nacional, do Ministério da Cultura, e a Câmara Brasileira do Livro (CBL) lançam amanhã, dia 15, o Circuito Nacional de Feiras de Livros. Trata-se de um pacote do Ministério da Cultura para estimular a expansão dessas feiras no País. As empresas poderão abater até 100% dos investimentos se patrocinarem esse tipo de evento através da Lei Rouanet. Haverá uma série de outros tipos de incentivo, como a realização de seminários de formação para bibliotecários e professores, criação de Planos do Livro e Leitura nos estados e municípios e, ainda, outros projetos culturais.

É claro que a Jornada Nacional de Literatura faz parte desse circuito, ocupando um lugar de honra. Amanhã, durante o lançamento do Circuito em São Paulo, na Cinemateca, a idealizadora da Jornada, Tania Rösing estará presente, assim como o reitor da Universidade de Passo Fundo, José Carlos Carles de Souza, e um dos mediadores dos debates, o escritor Ignácio de Loyola Brandão.

Oficinas literárias, tema de Charles Kiefer


Charles Kiefer é um escritor nascido na cidade de Três de Maio. Escreveu mais de trinta livros, tendo ganhado o Prêmio Guararapes e, por três vezes, o Jabuti. Em seu currículo constam ainda os cargos de Secretário da Cultura de Porto Alegre e de Secretário-Adjunto Estadual da Cultura. Foi professor de Escrita Criativa na Faculdade de Letras da PUC-RS – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e vem desenvolvendo há vinte anos uma oficina literária com seu nome, eventualmente revelando novos talentos. Sua experiência didática deu como fruto, além da oficina, o livro “Para ser escritor”, de 2010.

Kiefer participará do 3° Encontro Estadual de Escritores Gaúchos no dia 25 de agosto (quinta-feira), da 8h30 às 11h30. Estará presente no debate “Oficinas literárias – como são, para que existem, que futuro têm”, ao lado de Jane Tutikian, Luiz Antônio de Assis Brasil e Marcelo Spalding. O encontro será no Auditório do Centro de Educação e Tecnologia (Prédio B3), na Universidade de Passo Fundo. Ele é bastante conhecido pela novela ficcional de temática adolescente de 1982, “Caminhando na chuva”, que vendeu mais de 100 mil exemplares. Também teve o livro “Você Viu Meu Pai Por Aí?” reconhecido pelo Prêmio Altamente Recomendável para Adolescentes, pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Desde 2006, a Editora Record re-edita todas as suas obras. Algumas delas estão sendo vertidas para as linguagens dramática e cinematográfica. É o caso dos filmes “O chapéu” e “Dedos de pianista” (ambos de Paulo Nascimento) e das peças “Escorpião da sexta-feira” e “Quem Faz Gemer a Terra”.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Uma caneca para celebrar os 30 anos



A cada edição da Jornada Nacional de Literatura, o cartunista Paulo Caruso cria uma caneca com o desenho dos escritores participantes. Mas em 2011, com a comemoração de 30 anos do evento, ele inventou uma caneca comemorativa, com alguns dos escritores e artistas que estiveram presentes ao longo de todas as edições. Acima, você vê um detalhe da arte do objeto: repare que a idealizadora do evento, a professora Tania Rösing, aparece no canto, com o cartaz. Na nota que a jornalista Raquel Cozer dedicou ao assunto no O Estado de S. Paulo dá para identificar outros artistas. Confira.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Uma autora premiada entre os gaúchos

A portoalegrense Jane Tutikian é um dos destaques no 3° Encontro de Escritores Gaúchos, que acontece este ano no Auditório do Centro de Educação e Tecnologia, na Universidade de Passo Fundo. O debate do qual fará parte é “Oficinas de literatura – como são, para que existem, que futuro têm”, no dia 25 de agosto, entre as 8h30 e as 11h30.

Tutikian é pós-doutora especializada em Literaturas Portuguesa e Luso Africanas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Entre suas obras publicadas, figuram livros de contos, de ensaios e, principalmente, novelas infanto-juvenis. Foi laureada com prêmios literários como Jabuti (por “A Cor Azul”, em 1984), Tibicuera (por “Um time muito especial”, em 1994) e Açorianos (por “Alê, Marcelo, Jú & Eu”, em 2001), entre muitos outros.

Em 2001, assumiu a cadeira de número 39 na Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul e, entre 2002 e 2009, foi vice-diretora cultural da Associação Gaúcha de Escritores.

Jane Tutikian também foi responsável pela organização de vários livros, especialmente de antologias poéticas, que compõem as obras completas de Fernando Pessoa, pela Editora L&PM.

No âmbito acadêmico, trabalha com Literatura Comparada e estudos culturais e de identidade de países lusófonos. Seu livro de ensaios “Velhas identidades novas” é um fruto da produção desta linha de pesquisa.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Um homem e várias experiências literárias


Flávio Ferrarini estará presente no 3° Encontro Estadual de Escritores Gaúchos, na 14ª Jornada de Literatura de Passo Fundo. Ele se juntará a Ismael Caneppele, Paulo Neves, Vitor Ramil e Edgar Vasques na terça-feira, dia 23 de agosto, das 8h30 às 11h30. O evento acontecerá no Auditório do Centro de Educação e Tecnologia e o tema será “Escrever a cidade – assunto, limite, condenação, liberdade”. Flávio Luis Ferrarini reside em Flores da Cunha, mas é natural de Travessão Paredes, Nova Pádua. É cronista, novelista, contista e publicitário. Autor também de epigramas e outros poemas, publicou mais de 5000 deles. Sua poética é simultaneamente interiorana e contemporânea. Exercita-se na arte da escrita desde os vinte anos, influenciado por nomes como Manoel de Barros, Paulo Leminski, Manuel Bandeira, Mark Twain e Antônio Maria.

Na bibliografia de Ferrarini constam vinte obras e algumas participações em antologias. Seu primeiro livro publicado é de 1985: trata-se do conjunto de poemas “Volta e meia um poema na veia”. Juntamente à produção lírica (com gosto especial pelos epigramas e poemas em prosa), as obras de prosa infanto-juvenis formam a maioria dos escritos organizados em livro do autor. Os títulos direcionados ao público jovem são lançados por meio da Coleção Cogumelos e têm como seu mais recente representante “O tesouro de Richard Stevenson”.Além de presente no mercado editorial, participa como colunista dos jornais O Florense, de Flores da Cunha, e Semanário, de Bento Gonçalves.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Afeição pelos livros e vocação para os negócios

O amor pelos livros atravessou gerações na família de Pedro Herz, o presidente administrativo e proprietário da Livraria Cultura. Os pais, de origem alemã, vieram ao Brasil fugindo do nazismo. E foi justamente com eles que Pedro aprendeu o valor dos livros – tanto emotivo como financeiro.

Afinal, a grande biblioteca que chegou a abarrotar a casa da família, virou uma fonte de renda. A mãe dele, Eva Herz, passou a emprestar os livros, e depois alugá-los. O sucesso era tamanho que às vezes havia fila de três anos para alugar um título. “Minha mãe comprava livros em alemão e os alugava para a colônia de língua alemã. Eram edições bem acabadas, diferentes das brasileiras feitas na época”, contou Pedro ao blog da editora Cosac Naify. “Foi assim que meus pais, que não tinham experiência comercial, abriram a biblioteca circulante, na alameda Lorena, em São Paulo.”

O próximo passo foi a abertura da primeira loja no Conjunto Nacional, em São Paulo, em 1969. Desde essa época, Pedro está à frente da empresa. Ele ampliou o negócio familiar conjugando propósitos comerciais e culturais, como diz o nome do empreendimento. Com cafés e teatros, hoje a Livraria Cultura tem 11 lojas espalhadas pelo País, cinco apenas na capital paulista. Para o segundo semestre deste ano, existe a previsão de abertura de mais duas unidades no Rio de Janeiro. Atualmente, Pedro divide a administração das lojas com os filhos Sergio e Fabio Herz – e com Maria Cecília Cares. Prova que o amor pelos livros continua circulando na família.

E é exatamente sobre a vocação empreendedora que ele fala no dia 23 de agosto, às 19h30, para os alunos, no Auditório da Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis, dentro da programação paralela da 14ª Jornada Nacional de Literatura.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Affonso Romano participa de debate na 14ª Jornada

No dia 26 de agosto, o Palco de Debates sediará a discussão “Formação do leitor contemporâneo”. Ao lado de Beatriz Sarlos e Alberto Manguel, o escritor e professor Affonso Romano de Sant'Anna vai debater o assunto. Em meio a seu extenso currículo de suma importância para a literatura, ele é autor de mais de 50 obras.

Participante dos movimentos de vanguarda poética nas décadas de 50 e 60, Affonso publicou o seu primeiro livro em 1962, “Canto e Palavra”. Três anos mais tarde, passou a lecionar na Universidade de Los Angeles. Já em 1968 fez parte do Programa Internacional de Escritores da Universidade de Iowa, que reuniu 40 escritores de todo o mundo.

Ele também ministrou cursos na Universidade de Köln (Alemanha), Universidade do Texas (EUA), Universidade de Aarhus (Dinamarca), Universidade Nova (Portugal) e Universidade de Aix-en-Provence (França). Foi cronista do Jornal do Brasil e O Globo. Atualmente, escreve para O Estado de Minas e Correio Brasiliense.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Literatura sem fronteiras


A poesia pode combinar com crítica e pensamento analítico. O trabalho e obra da escritora mineira Maria Esther Maciel provam isso. Autora de ensaios, poemas e romances, ela entrelaça a teoria literária, psicanálise, poesia, ficção e ensaios. Sem preconceitos. Em “O Livro de Zenóbia” (Editora Lamparina), por exemplo, ela ultrapassa a fronteira entre prosa e poesia e faz uso das duas para descrever as tramas ao redor da protagonista Zenóbia.

Doutora em Literatura Comparada, Maria Esther lançou-se a diversos gêneros de publicações, como “As Vertigens da Lucidez - poesia e crítica em Octavio Paz”, “Vôo Transverso - poesia, modernidade e fim do século XX”, “A memória das coisas ensaios de literatura, cinema e artes plásticas” e “O livro dos nomes”.

Na 14ª Jornada Nacional de Literatura, ela participa da discussão "Identidade, literatura e cultura na globalização", do dia 24 de agosto, às 14 horas, ao lado do escritor português Gonçalo Tavares, Luiz Costa Lima, Nilson Luiz May, Luisa Geisler e Tatiana Salem Levy.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Humor garantido no show de encerramento da Jornada


Já está confirmado. O público da 14ª Jornada Nacional de Literatura terá a chance de se esbaldar com o humor musical do grupo Conjunto Nacional. Afinal, ele é composto pelos gêmeos cartunistas Paulo e Chico Caruso, que prometem novas canções como “O Rap do Kadafi” e “O Pepino do Palocci”. Integram também a formação da irreverente banda o escritor Luís Fernando Veríssimo (no sax alto) e o chargista Aroeira (no sax tenor). Durante a 14ª Jornada, os irmãos Caruso participam ainda do “Encontro com os Gêmeos”, ao lado dos também gêmeos e cartunistas Gabriel Bá e Fábio Moon. Paulo assina ainda a caneca com caricaturas dos escritores em todas as edições da Jornada: em 2011, também faz camisetas. E comenta: “A Jornada é um baita trabalho de professores e alunos. Quando os escritores chegam lá, eles já leram as obras e fazem perguntas interessantes.”   

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Presidente da Câmara dos Deputados é convidado para a Jornada


A professora Tania Rösing, idealizadora da Jornada Nacional de Literatura e responsável por sua continuidade ao longo de 30 anos, movimenta-se pelo Brasil promovendo a Jornada. No momento, ela está em Brasília. Lá, acompanhada do reitor da Universidade de Passo Fundo (UPF), José Carlos Carles de Souza, e do prefeito de Passo Fundo, Airton Dipp, ela apresentou a programação do evento em audiência com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia.

Marco Maia foi oficialmente convidado a participar dessa celebração à literatura, marco do calendário gaúcho e brasileiro. “São 30 anos de caminhada, de uma grande movimentação cultural com o objetivo de formar leitores literários, leitores das linguagens das diferentes manifestações culturais além dos leitores digitais”, pontuou Tania Rösing durante a audiência.

Marco Maia disse conhecer o evento e que fará o possível para comparecer. “O ato de ler é um processo de emancipação de todos os cidadãos. A Jornada Nacional de Literatura é um incentivo à leitura e ao desenvolvimento cultural”, comentou. “Sou um apoiador deste projeto por conhecer a sua importância.”

Vale lembrar que a origem da Jornada, em 1981, está ligada ao processo de redemocratização política e valorização da cultura. Diga-se: um elemento fundamental para a formação de cidadãos plenos.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Para a moçada

No limbo entre o que se considera infantil e o que se chama de adulto, o público jovem muitas vezes é deixado de lado. Num evento que se pauta pela discussão sobre a formação de novos leitores e sobre o desenvolvimento da Literatura aliado a novas tecnologias, este público deve ter voz.

Por isso, de 23 a 25 de agosto, das 19h30 às 21h30, o público de 15 a 25 anos terá sua parcela especial de atrações vinculada à Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo: a Jornight. Durante este período, a Lona Azul do Circo da Cultura abrigará atrações variadas, em uma programação concisa e interessante.

Inaugurando a Jornight no dia 23, Elisa Lucinda se apresenta no espetáculo poético-performático "Parem de falar mal da rotina". No dia seguinte, um encontro de desenhistas, entre os irmãos Paulo e Chico Caruso, cartunistas, e os gêmeos quadrinistas Fábio Moon e Gabriel Bá. E, para terminar, o grupo de rap Cova dos Leões e Humberto Gessinger e o ator e humorista Marcelo Adnet se apresentam.