Neste ano, o escritor Paulo Scott completa uma década de leituras “spoken word” – uma forma artística de falar poemas ou letras de música, geralmente com fundo musical. O gaúcho radicado no Rio de Janeiro lançou neste ano o livro “O Monstro e o Minotauro” (Ed. Dulcineia Catadora), em parceria com o quadrinista Laerte. Ele também é autor do livro de contos “Ainda orangotangos”, que foi adaptado para o cinema em 2007. Tem publicados ainda o elogiado romance de ritmo rápido “Voláteis” (Objetiva), três livros de poesia e o texto dramático “Crucial Dois Um”, que recebeu o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, em 2006.
Dentro do campo literário, cada gênero tem seu alcance e sua forma de expressar o conteúdo pretendido. Dentro dessa profusão de possibilidades estão leituras, spoken word, saraus e performances, que são expressões orais de literatura. Sobre a experiência própria nas leituras em público, Scott comenta que “escritores sempre leram seus textos em público, às vezes é possível combinar música ou vídeo, mas a palavra e a qualidade da palavra têm de prevalecer”.
O autor considera que o impacto da palavra articulada em voz alta tende a ser maior que o da escrita. Porém, ressalva: “há situações em que o texto se revela quando falado; é uma questão de sonoridade, de saber explorá-la”. Na Jornada de Literatura de Passo Fundo, discussões sobre as modalidades da literatura falada têm espaço, entre outros lugares, na mesa de debates “Literatura ao vivo – leituras, saraus, performances, encontros”. Acontecerá no dia 24 de agosto, às 8h30, e Paulo Scott participará dela, em sua primeira passagem pela Jornada. “É um dos eventos literários mais importantes do Brasil, é uma sorte poder participar deste belíssimo projeto”, declara. Agora, na contagem regressiva, falta poucos menos de dois meses para conferir.
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