O amor pelos livros atravessou gerações na família de Pedro Herz, o presidente administrativo e proprietário da Livraria Cultura. Os pais, de origem alemã, vieram ao Brasil fugindo do nazismo. E foi justamente com eles que Pedro aprendeu o valor dos livros – tanto emotivo como financeiro.
Afinal, a grande biblioteca que chegou a abarrotar a casa da família, virou uma fonte de renda. A mãe dele, Eva Herz, passou a emprestar os livros, e depois alugá-los. O sucesso era tamanho que às vezes havia fila de três anos para alugar um título. “Minha mãe comprava livros em alemão e os alugava para a colônia de língua alemã. Eram edições bem acabadas, diferentes das brasileiras feitas na época”, contou Pedro ao blog da editora Cosac Naify. “Foi assim que meus pais, que não tinham experiência comercial, abriram a biblioteca circulante, na alameda Lorena, em São Paulo.”
O próximo passo foi a abertura da primeira loja no Conjunto Nacional, em São Paulo, em 1969. Desde essa época, Pedro está à frente da empresa. Ele ampliou o negócio familiar conjugando propósitos comerciais e culturais, como diz o nome do empreendimento. Com cafés e teatros, hoje a Livraria Cultura tem 11 lojas espalhadas pelo País, cinco apenas na capital paulista. Para o segundo semestre deste ano, existe a previsão de abertura de mais duas unidades no Rio de Janeiro. Atualmente, Pedro divide a administração das lojas com os filhos Sergio e Fabio Herz – e com Maria Cecília Cares. Prova que o amor pelos livros continua circulando na família.
E é exatamente sobre a vocação empreendedora que ele fala no dia 23 de agosto, às 19h30, para os alunos, no Auditório da Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis, dentro da programação paralela da 14ª Jornada Nacional de Literatura.
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