É a dinâmica dos quadrinhos que mais tem sido associada à produção de Edgar Vasques. Mais conhecido como autor de charges e quadrinhos, seus trabalhos mais famosos são a versão em quadrinhos de “O Analista de Bagé”, de Luis Fernando Veríssimo e a personagem Rango, um esfomeado morador do lixo, que, em suas tirinhas, lida com mazelas sociais nacionais. Rango foi criado durante a ditadura militar, num esforço do autor em abordar temas da fome e da miséria no Brasil. A concepção da personagem resultou da convivência rotineira do artista com a pobreza, morando na região central de Porto Alegre. Mas Vasques também atua como chargista, jornalista, quadrinista e ilustrador, além de ter sido co-fundador da L&PM Editores.
Ele vai falar sobre essa ampla experiência no 3º Encontro Estadual de Escritores Gaúchos, no debate “Escrever a cidade – assunto, limite, condenação e liberdade”, que acontece no dia 23 de agosto, das 8h30 às 11h30, no Auditório do Centro de Educação e Tecnologia (prédio B3), Campus 1 da Universidade de Passo Fundo. Participam também os escritores Flávio Ferrarini, Paulo Neves, Ismael Caneppele e Vitor Ramil.
No passado, Vasques teve trabalhos publicados em veículos como “Playboy“ e “O Pasquim” e foi um dos fundadores da GRAFAR – Grafistas Associados do Rio Grande do Sul, nos anos 1980. Esta é uma associação aberta e informal, que existe até hoje e que desenvolve a união e o fortalecimento da categoria dos artistas gráficos no estado.
Atualmente, Vasques contribui com charges para periódicos como o jornal digital Todo Dia Online e também mantém atualizado o Blogaleria, seu site pessoal. Também lançou no ano passado, juntamente a Flávio Braga, uma versão em quadrinhos do romance “Triste fim de Policarpo Quaresma”, de Lima Barreto, pela Editora Desiderata.
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