Professores da UPF, sindicalista do SIMPRO e equipe do Mundo da Leitura e das Jornadas Literárias.
Blog da 14ª Jornada Nacional de Literatura
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Prêmio Educação RS 2011
A Jornadinha Nacional de Literatura recebeu no dia 14 de outubro o Prêmio Educação RS, troféu Pena Libertária, concedido pelo Sindicato dos Professores do Ensino Provado do Rio Grande do Sul (SIMPRO).
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Tania Rösing faz o encerramento. Agora só em 2013.
Foto: Claudio Tavares
Na conferência de encerramento da 14ª Jornada Nacional de Literatura, a sua idelizadora e coordenadora, a professora Tania Rösing, proferiu a conferência "Leitura entre nós: 30 anos da Jornada". Em seu discurso repleto da emoção de celebrar a terceira década do encontro que fomenta a leitura e a literatura em todas as suas plataformas, ela refletiu: "O que eu mais desejo é que as Jornadas continuem em todos os seus desdobramentos. Valeu muito a pena. O trabalho tem sido intenso, mas os resultados são incontestáveis. Passo Fundo tem o melhor índice de leitura do País, com 6,5 livros lidos por ano por cada habitante. Faria tudo de novo, desde que possa contar com o apoio de amigos tão valiosos como Josué Guimarães." Depois de citar uma série de outros amigos, colegas e pessoas da equipe da Jornada, ela concluiu: "É possível transformar o mundo em que vivemos com a continuidade dessas ações. É viável a transformação de cada um, da família, do ambiente onde se trabalha, através da leitura. Do impresso ao digital, o compromisso da Jornada é com ela, a leitura literária. E como dizia Fernando Pessoa, tudo vale a pena se alma não é pequena”. E neste final, ela foi acompanhada pelo coro da plateia.
Cardápio não literário
Foto: Cláudio Tavares
As refeições servidas aos escritores participantes das Jornada no Buffet Clube Comercial foram muito elogiadas por todos, das saladas às sobremesas. No horário do almoço e logo após o encerramento do debate da noite todos vão para lá e é um momento de muita descontração, encontros, conversas sérias e muitas brincadeiras. Esta semana, por exemplo, teve até mesmo um improviso dos irmãos Caruso, antecipando o show de encerramento desta noite.
O livro eletrônico divide opiniões no último debate da 14ª Jornada
Fotos: Tiago Lermen
Justamente no último debate da 14ª Jornada Nacional de Literatura, sob o sol que iluminava o verde e vermelho da lona principal do Circo da Cultura, a discussão se acendeu e pegou fogo – colocando o tema do livro digital e do impresso no centro do debate “Formação do leitor contemporâneo”. Estavam reunidos – e polarizados -- o escritor, ensaísta e intelectual argentino Alberto Manguel; a crítica, autora e professora argentina Beatriz Sarlo; o poeta, ensaísta, cronista e professor brasileiro Affonso Romano de Sant’Anna, e a editora de livros infantis escocesa Kate Wilson.
O embate aconteceu depois da fala de Kate. Como editora, seu depoimento contrastou com o dos outros palestrantes, todos autores e intelectuais, enquanto ela deixou claro desde o começo que faz parte do mundo dos negócios. Ela apresentou pesquisas sobre a leitura nos Estados Unidos e Reino Unido que mostram que a venda de ebooks superou pela primeira vez a de livros impressos em fevereiro deste ano. “Agora nós editores temos o papel de nos conectarmos aos leitores e criarmos ótimas experiências de leitura em plataformas diferentes”, disse. No final, mostrou um vídeo de um aplicativo feito por editora, a Nosy Crow: uma animação com a história de Cinderela, com a qual o leitor pode interagir escolhendo se quer brincar, apenas ler, decidir a cor do vestido de Cinderela, entre outros.
Depois disso, Alberto Manguel pediu a palavra e falou, enfaticamente: “Eu não sabia que faria parte dessa discussão a deformação do leitor defendida com argumentos comerciais, de vender este ou aquele produto. O livro não é um produto comercial. É nocivo que uma crianças de 3 ou 4 anos seja introduzida à leitura dessa forma, aprendendo a ler na tela.”
Começou então um acalorado debate, com direito às caricaturas feitas ao vivo por Paulo Caruso que retratavam imagens como Alberto Manguel com luvas de boxe. Depois de recitar um poema de William Blake e dizer que também gostava de literatura, Kate disse: “Eu não me importo com o que as crianças leem, contanto que elas leiam e tenham prazer. Isso as torna melhores.” Mais tarde, ela acrescentaria que “hoje, quando as crianças passam tanto tempo em frente às telas, é preciso criar literatura para essa plataforma.”
Os outros participantes da mesa foram questionados sobre o assunto. Beatriz, depois de hesitar por um segundo, fez uma crítica ao conteúdo do livro apresentado. “A estética é kistch e o desenho gráfico está atrasado. Falta pensamento ao conteúdo”, disse. Já Affonso discordou de Manguel, falando que a literatura é sim um assunto de consumo. “Há um movimento de massa e de consumo.”
Achados e perdidos
Foto: Leonardo Andreolli
Celulares, mantas, credenciais, notebooks, pastas, crianças, professores. Todos os itens dessa lista podem ser (e foram) perdidos durante um evento que reúne milhares de pessoas como a Jornada Nacional de Literatura. Muitos esquecem objetos pessoais, se perdem do grupo ou acham alguma coisa que não sabem onde entregar. Para resolver isso, funciona desde 2005 a Rádio Poste das Jornadas Literárias. O espaço que serve para dar os avisos sobre a programação do complexo de lonas do Circo da Cultura também é a solução para os mais distraídos. Diariamente cerca de 200 pessoas são atendidas.
A coordenadora do espaço é a professora Bibiana de Paula Friederichs auxiliada pelo técnico responsável André Tassi e um grupo de 10 alunos da Faculdade de Artes e Comunicação da Universidade de Passo Fundo (UPF). Ela explica que além de todo esse serviço ao público a Rádio Poste também é produtora e fornecedora de material de áudio para oito rádios da região. São boletins gravados e ao vivo com a cobertura completa da movimentação. Quem não conhece um palestrante ou conferencista também costuma recorrer à equipe.
Muitas crianças se desesperam ao perceber que estão perdidas. A equipe da rádio precisa lidar com essa situação e distrair os pequenos enquanto o responsável por ele não chega. “Teve um fato curioso. Um grupo de pelo menos 10 crianças procurava uma professora perdida”, conta. Outro caso diferente foi com um celular entregue à equipe da rádio. “Ele ficou o dia inteiro lá. No final do dia a nossa estagiária resolveu ligar o aparelho e procurar algum contato para avisar”, acrescenta. Ela ligou para a mãe da menina que se comprometeu a buscar o aparelho no dia seguinte. Além de voltar para pegar o aparelho, a mãe ainda presenteou a estagiária.
Os autógrafos de hoje
Aproveite o último dia da 14ª Jornada para pegar autógrafos com os autores. Confira a programação de hoje:
15h
Cláudia Machado, Richard Rashke e Felipe Citolin Abal
16h
Fabiano Tadeu Grazzioli, Eloí E. Bocheco, Zenilde Durli
17h
Affonso Romano de Sant'Anna
Alberto Manguel
Beatriz Sarlo
17h30
Paulo Roberto Ferrari
E os autores da Jornadinha todos autografam a partir das 16h30. Eles são:
Leonardo Brasiliense
Giba Assis Brasil
Heloisa Seixas
Christopher Kastensmidt
Gabriel Bá
Fábio Moon
Tiago de Melo Andrade
Rodrigo Lacerda
Todas as sessões acontecem no Portal das Linguagens da Universidade de Passo Fundo, ao lado da Feira do Livro. São gratuitas e abertas ao público em geral.
15h
Cláudia Machado, Richard Rashke e Felipe Citolin Abal
16h
Fabiano Tadeu Grazzioli, Eloí E. Bocheco, Zenilde Durli
17h
Affonso Romano de Sant'Anna
Alberto Manguel
Beatriz Sarlo
17h30
Paulo Roberto Ferrari
E os autores da Jornadinha todos autografam a partir das 16h30. Eles são:
Leonardo Brasiliense
Giba Assis Brasil
Heloisa Seixas
Christopher Kastensmidt
Gabriel Bá
Fábio Moon
Tiago de Melo Andrade
Rodrigo Lacerda
Todas as sessões acontecem no Portal das Linguagens da Universidade de Passo Fundo, ao lado da Feira do Livro. São gratuitas e abertas ao público em geral.
Do ofício literário
Foto: Max Cenci
"Todo ovo nasce para ser pinto, mas nem todo ovo vira pinto. Ovo só vira pinto se for galado - tanto que a gente diz 'ih, a coisa não galou'. Sabe quando a coisa não galou? Falta o outro elemento, que é o galo. Então, é assim: a cultura é que vai galar o sujeito. Todos vocês nasceram para ser qualquer coisa, mas precisa galar; precisa perceber este influxo energético e espiritual - vamos chamar assim - da cultura."
Charles Kiefer, na mesa "Oficinas de literatura: como são, para que existem e que futuro têm", do 3º Encontro Estadual de Escritores Gaúchos.
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